segunda-feira, 2 de junho de 2014

NA VARANDA


foi quando a Louca
começou a sua ronda
imperceptível
à qual de início não dávamos importância

até que meu pai insistiu e o levamos
mais uma vez até a varanda
onde há vários dias ele afirmava
avistar quem ali – a nossos olhos
nunca estivera

não há ninguém, veja com seus próprios
olhos, dissemos
e de fato ele nos mostrou e lá estava ela
a Louca
a que não mais desde então nos deixou
desde que
em seus passos quase imperceptíveis
para ela ele se encaminhou.

 

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