POMBAS E FRUTAS
Vem-se a primeira moça, envergonhada,
Vem-se outra mais, mais outra... enfim dezenasDe cabaços se vão, vindo-se apenas
Sentem na vulva a rija caralhada.
E à noite, quando a porra envernizada
Deixa em brasas a crica das morenas,Roçam pelos colhões, quais leves penas,
Os fios dos pentelhos em revoada.
As bimbas no prepúcio se abotoam;
Os beiços pelos seios roçam, voam,Como voam as pombas nos pombais...
Os que fodem demais, ficam fodidos;
Mas, se a foda nos deixa sem sentidos,Tome sentido o que foder demais
In: Eliane Robert Moraes (org.). Antologia da poesia erótica brasileira. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2015.
Ilustração de Talarico |
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