O MENINO DA SUA MÃE
No plaino
abandonado
Que a
morna brisa aquece,De balas traspassado
– Duas, de lado a lado –
Jaz morto, e arrefece.
De braços estendidos
Alvo, louro, exangue,
Fita com olhar langue
E cego os céus perdidos.
(Agora que idade tem?)
Filho único, a mãe lhe dera
Um nome e o mantivera:
“O menino da sua mãe.”
A cigarreira breve.
Dera-lhe a mãe. Está inteira
É boa a cigarreira.
Ele é que já não serve.
Ponta a roçar o solo,
A brancura embainhada
De um lenço... Deu-lho a criada
Velha que o trouxe ao colo...
Lá longe, em casa, há a prece:
“Que volte cedo, e bem!”
(Malhas que o Império tece!)
Jaz morto, e apodrece,
O menino da sua mãe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário