SOBRE OS
POEMAS DE DANTE A BEATRIZ
Ainda hoje,na cripta onde jaz
Aquela que ele não pôde fazer suaPor mais que a seguisse pela rua
Uma emoção forte seu nome nos traz.
Pois ele cuidou de nos mantê-la na memória
Ao dedicar-lhe verso tão sublimeE não pode haver quem não se anime
A acreditar inteira em sua história.
Ah, que mau costume ele inaugurou então
Ao cobrir de louvor arrebatadoO que havia apenas visto e não provado!
Desde que versejou a uma simples visão
Tudo de aparência bela e casta, a qualquer ensejoCruzando uma praça, tornou-se objeto de desejo.
Tradução
de Paulo César Souza
In: Brecht –
poemas 1913-1956. SP: Brasiliense.
Visitei! Adorei o post. Amo sonetos. Gosto mais de rimar assim os tercetos, primeiro verso com primeiro, em vez de terceiro com terceiro mais comum. Beijos, Bozzeti
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