EU MORRI POR BELEZA
Quando um que estava morto por verdade
Foi posto numa câmara contígua.
Ele indagou
cortês porque morri
“Por
beleza”, respondi.“E eu por verdade, - as duas só são uma;
Somos irmãos”, ele falou.
E assim
como parentes veem-se à noite,
Conversamos
entre as câmaras,Até que o musgo lá chegasse aos lábios
E cobrisse nossos nomes.
Tradução
de José Lino Grünewald
I died for Beauty – but was scarce
Adjusted in the TombWhen One who died for Truth, was lain
In an adjoining Room –
He questioned softly “Why I failed”?
“For Beauty”, I replied – And I – for Truth – Themself are One –
We Brethren, are”, He said –
Until the Moss had reached our lips –
And covered up – our names –
(c.
1862)
Morri pela
Beleza – e assim que no Jazigo
Meu Corpo
foi fechado,Um outro Morto foi depositado
Num Túmulo contíguo –
"Por que
morreu?” murmurou sua voz.
“Pela
Beleza” – retruquei – “Pois eu – pela Verdade – É o Mesmo. Nós
Somos Irmãos. É uma só lei” –
E assim Parentes
pela Noite, sábios –
Conversamos
a Sós –Até que o Musgo encobriu nossos lábios –
E – nomes – logo após –
Tradução de Augusto
de Campos
In: José Lino Grünewald (org. e trad.) Grandes poetas da lingual inglesa do século XIX. RJ: Nova Fronteira, 1988.
Emily
Dickinson. Não sou ninguém: poemas. Traduções de
Augusto de Campos. Unicamp, 2008.
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