TOMARAM...
“Os
tchecos se aproximavam dos alemães e cuspiam...”
(cf. jornais de março de 1939)
Tomaram
logo e com espaço:
Tomaram
fontes e montanhas,Tomaram o carvão e o aço,
Nosso cristal, nossos entranhas.
Tomaram trevos
e campinas,
Tomaram o
Norte e o Oeste,Tomaram mel, tomaram minas,
Tomaram o Sul e o Leste,
Tomaram
Vary e Tatry,
Tomaram o
perto e o distante,Tomaram mais que horizonte:
A luta pela terra pátria.
Tomaram
balas e espingardas,
Tomaram cal
e gente viva,Porém enquanto houver saliva
Todo o país está em armas.
Tradução de Augusto de Campos
In: Augusto de Campos. Poesia
da recusa. SP: Perspectiva, 2006.
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