À só tenção de ir além de
Uma Índia em sombras e sobras– Seja este brinde que te rende
O tempo, cabo que ao fim dobras
Como sobre a vela da nave
Mergulhando com a caravelaEspumante a ávida ave
Da novidade sempre vela
A cantar com monotonia
Sem jamais volver o timãoUma jazida ali à mão
Noite demência e pedraria
Que se reflete pelo casco –
Ao riso pálido de Vasco.
Tradução
de Augusto de Campos
Au seul souci de voyager
Outre une Inde splendide et trouble– Ce salut soit le messager
Du temps, cap que ta poupe double
Comme sur quelque vergue bas
Plongeante avec la caravelleÉcumait toujours en ébats
Um oiseau d’annonce nouvelle
Qui criait monotonement
Sans que la barre ne
varieUn inutile gisement
Nuit, désespoir et pierrerie
Par son chant reflété jusq’au
Sourire du pâle Vasco.
In: Mallarmé.
Trad. e org. Augusto de Campos, Décio Pignatari e Haroldo de Campos. SP: Perspectiva, 1972.
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