Sou o caboco Marcolino
o inglório
até onde o temor se
extravia
e se revigora
recortam-se os vultos
ou
seriam as miragens?
dos que me querem levá-la
e não fosse o meu paiol cheio
-
ou melhor: é justo o meu paiol cheio –
não saberia o que esperar de Xandu
eles têm 20, 25
eu derrapo na curva perigosa bem além
(serei o nono boi zebu?)
a
vejo como potranca mas pouco monto
ela
se vai
ela
volta
ela
não volta mais
o sapatinho dela entre meus dentes na ardência
da sede me mata
me muero
(o mundo gira entre glote e cérebro
légua tirana
graciliana)
Maravilha de poema, Bozzetti.
ResponderExcluirBelo, Roberto; Belo Roberto!
obrigada
Obrigado digo eu.
ResponderExcluirFiquei curioso de saber de quem se trata. Por que volta e meia pintam essas crueldades? Seja como for, obrigado de novo.
Roberto Bozzetti
SV, nada mais...
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