sábado, 5 de outubro de 2013

AH, UM SONETO... DE MANUEL BANDEIRA


A CÓPULA

 

Depois de lhe beijar meticulosamente
O cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,
O moço exibe à moça a bagagem que trouxe:
Colhões e membro, um membro enorme e turgescente. 

Ela toma-o na boca e morde-o.  Incontinenti,
Não pode ele conter-se, e, de um jato, esporrou-se.
Não desarmou, porém. Antes, mais rijo, alteou-se
E fodeu-a.  Ela geme, ela peida, ela sente 

Que vai morrer: - “Eu morro! Ai, não queres que eu morra?!”
Grita para o rapaz que, aceso como um diabo,
Arde em cio e tesão na amorosa gangorra 

E titilando-a nos mamilos e no rabo
(Que depois irá ter sua ração de porra),
Lhe enfia cona adentro o mangalho até o cabo.

 

In: Antologia pornográfica: de Gregório de Mattos a Glauco Mattoso. Sel. e org.  Alexei Bueno. Nova Fronteira, 2004.

 

4 comentários:

  1. Um dos meus preferidos do Manuel Bandeira. Lembro-me de tê-lo citado numa de suas aulas. Magnífico!!!

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  2. "Legal, legal, legal. Dahora, dahora, dahora"...haha

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  3. Sim, claro que lembro Cyda. Obrigado, um beijo pra você. Kassio, eu sabia que você apreciaria aí esses alexandrinos magistrais. Um grande abraço

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