EPIGRAMA
Amar, foder: uma união
De prazeres que não separo.
A volúpia e os desejos são
O que a alma possui de mais raro.
Caralho, cona e corações
Juntam-se em doces efusões
Que os crentes censuram, os loucos.
Reflete nisto, oh, minha amada:
Amar sem foder é bem pouco,
Foder sem amar não é nada.
Tradução de José Paulo Paes
ÉPIGRAMME
Aimons,
foutons, ce sont plaisirs
Qu’il ne
faut pas que l’on separe;
La jouissance et les désirs
Sont ce que l’âme a de plus rare.
D’un vit, d’un con, et de deux
coeurs,
Naît un accord plein de douceurs,
Que les dévôts blâment sans cause.
Amarillis, pensez-y bien:
Aimer sans foutre est peu de chose
Foutre sans
aimer ce n’est rien.
José Paulo Paes (sel. trad. org. e notas). Poesia
erótica em tradução. SP : Companhia das Letras, 1990.
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