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domingo, 13 de setembro de 2015

AH, UM SONETO... DE MÚCIO TEIXEIRA (1857-1928)


POMBAS E FRUTAS

 

Vem-se a primeira moça, envergonhada,
Vem-se outra mais, mais outra... enfim dezenas
De cabaços se vão, vindo-se apenas
Sentem na vulva a rija caralhada.

E à noite, quando a porra envernizada
Deixa em brasas a crica das morenas,
Roçam pelos colhões, quais leves penas,
Os fios dos pentelhos em revoada.

As bimbas no prepúcio se abotoam;
Os beiços pelos seios roçam, voam,
Como voam as pombas nos pombais...

Os que fodem demais, ficam fodidos;
Mas, se a foda nos deixa sem sentidos,
Tome sentido o que foder demais

 
In: Eliane Robert Moraes (org.). Antologia da poesia erótica brasileira.  Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2015.
Ilustração de Talarico