DESLÍRICA
2017
o
tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
(drummond
– a flor e a náusea)
perdem-se vidas
quando as bombas
dependuram-se nos
braços-homem
quando não arrancam
pedaços mas
os pés nas chinelas
dos decepados
jazem na lhana ratoeira das grades
as crianças para a
diversão
dos rubicundos
senhores a terno
e gravata para o
gáudio das sras
luis vitton a
desfilarem os cãezitos
sob o aplauso
assassino do mercado
(poema
inédito cedido pelo autor para este blog)