quarta-feira, 23 de agosto de 2017

UM POEMA INÉDITO DE OSWALDO MARTINS

DESLÍRICA 2017

o tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
(drummond – a flor e a náusea)

perdem-se vidas quando as bombas
dependuram-se nos braços-homem

quando não arrancam pedaços mas
os pés nas chinelas dos decepados

 jazem na lhana ratoeira das grades
as crianças para a diversão

dos rubicundos senhores a terno
e gravata para o gáudio das sras

luis vitton a desfilarem os cãezitos
sob o aplauso assassino do mercado

(poema inédito cedido pelo autor para este blog)



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