sexta-feira, 13 de maio de 2011

FIRMA IRRECONHECÍVEL, 2o. SEGMENTO

Repostagem



Postei anteriormente o 1º segmento de meu poema “Firma irreconhecível”, em http://robertobozzetti.blogspot.com/2011/04/firma-irreconhecivel-1-segmento.html. Posto hoje o 2º. segmento

Relógio de Baudelaire,
medalhão de Machado,
batistério de Gregório,
ferro-gusa itabirano,
ferro de engomar de Cesário,
ferro de serrotes de
Murilo, protocolos de
Vinícius, sevandijas de
Pau d’Arco, cocaína
do beco, flores de Cabral,
corruíras de Curitiba
canas de Graciliano,
tantos tormentos todos,
testemunhas, estremunhas,
mumunhas
de estrelas caídas
de Orestes, às decaídas
de Nelson, impotência de
Angenor, jilós de
Lua, bichos de pé
lupicínicos, goivas de
Paulinho, noivas de Adoniran,
esposas de Noel,
tinhorões de Tom,
britadeiras de João,
cartão de ponto de Dorival,
contracheque
de Ismael, satã de Geraldo,
madames de Wilson,
medula de Candeia e elas
elas elas elas todas todas
todas elas que não vêm,
de Jorge chichisBen,
levam todas, tudo levam,
tudo leva a mim também.

In: Firma irreconhecível. Oficina Raquel, 2009.



2 comentários:

  1. Gostei demais do poema "Firma Irreconhecível".
    Engraçado como, nos seus primeiros versos, e fez lembrar das aulas de Baudelaire e Machado; de sua narrativa entre as linhas de Bentinho e Capitu, ou Brás Cubas.

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  2. Obrigado, Aracelli

    na verdade, esse segundo segmento do poema (o primeiro foi postado anteriormente, procure ler), é uma espécie de tributo a alguns criadores que me mobilizam, uma espécie de galeria de (anti)heróis, além dos outros que se espalham pelo poema todo. Aos poucos eu vou postando os 10 segmentos em que o dividi no livro.
    Volte sempre por aqui, um abraço do
    Roberto Bozzetti

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