MENINA
Entre a tarde que se obstina
E a noite que se acumula
Há o olhar de uma menina.
Deixa o caderno e a escrita,
Todo seu ser dois olhos fixos.
Na parede a luz se anula.
Olha seu fim ou seu princípio?
Ela dirá que não vê nada.
É transparente o infinito.
Nunca saberá que o olhava.
Tradução de Olga Savary
NIÑA
Entre la tarde que se obstina
y la noche que se acumula
hay la mirada de una niña.
Deja el cuaderno y la escritura,
todo su ser dos ojos fijos.
En la pared la luz se anula.
Mira su fin o su principio?
Ella dirá que no ve nada.
Es transparente el infinito.
Nunca sabra que lo miraba.
In: 23 poemas de Octávio Paz. Rosita Kempf Editores, 1983
Belíssimo poema. A presença da questão metafísica... E eu gosto de poemas assim, com uma chave de ouro no final. Sou meio clichê!(Risos).
ResponderExcluirEspero aprender muito, ainda, com seus post´s.
Abraço fraterno.
Obrigado, Julio
ResponderExcluirespero que continue gostando do blog.
um abraço do
Roberto Bozzetti