quarta-feira, 9 de março de 2011

AMARCORD




Uma bruma
Uma bruna
Uma loura
Uma espuma
De acordar
Azul azul azul
az

Um urina
Uma urina
Uma amanha
Uma doce
Ninfa, nume
Lume, linfa

Luz de bruxa luz ondeia
Sobre o mar e em cada veia
Vênus venérea Volpina
Vela rubra quero tê-la
Mas tocá-la contamina
Verterei mais uma vez
Rios de esperma só
de vê-la

As constelações e os vícios
Na cocaína da infância
Dançam vis entrelaçados
Num pátio de escola gris
Etruscos, motociclistas
Deixam nas pedras do cais
Vestígios sobre as espumas

As ameias
As neblinas
Desde a véspera
De ter uma
Uma espera
De verruma

Uma adulta
Branca e pura
Mia moglie
Nos seus trajes
De adúltera
Azul azul azul

Uma em curvas
Se perdendo
No azul azul azul
Vai em curvas
Me perdendo
Azul azul azul
az

Aves asas adriáticas
Viram pedras do hospício
Fronteiriço ao baldio
Dom lunático delírio
Chamo ele: tio tio
Que me responde do azul

Uma loba
Uma mãe
Duas tetas
Duas ancas
Trinta e tantas
Odaliscas
Outros tantos
De fascistas
Tantas curvas
Brancas, brunas

Azuis azul azul
Na nevasca
Pavão alvo
Azul pavana
Sua Alteza
Notívaga
Sinfonia
De pardais
Primas moças
Doces primas
Mandolins
Inenarráveis

Em fúria doce a concertina
Dentro da recordação
De noite me acordarei
Em febre sopor suor
Os seios girando azul
Azul azul azul
az


O jazz-band a dança a chuva
Transatlântica deriva

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