(Dedico esta postagem a Márcia Rios, com quem outro dia eu conversava sobre o poeta.)
O amor de agora é o mesmo amor de outrora
Em que concentro o espírito abstraído,
Um sentimento que não tem sentido,
Uma parte de mim que se evapora.
Amor que me alimenta e me devora,
E este pressentimento indefinido
Que me causa a impressão de andar perdido
Em busca de outrem pela vida afora.
Assim percorro uma existência incerta
Como quem sonha, noutro mundo acorda,
E em sua treva um ser de luz desperta.
E sinto, como o céu visto do inferno,
Na vida que contenho, mas transborda,
Qualquer coisa de agora mas de eterno.
Dante Milano. Poesia e prosa, 1979.
Lindo, meu querido! É sempre um prazer conversar com vc, ainda mais sobre Milano! rs
ResponderExcluirBeijo grande!
Márcia,
ResponderExcluirobrigado. O projeto de trabalhar com a poesia de Milano merece todo apoio.
Um beijo do
Bozzetti
Gostei do soneto.
ResponderExcluirAdmiramos muito a poesia de Dante Milano.
ResponderExcluirNo recém-nascido blogue "Carmina Lusitana" publicamos alguns poemas dele (e também de outros poetas lusófonos) acompanhados pela tradução italiana e francêsa.
Nos sentiríamos muito honrados com a sua visita neste site, que quer ser uma homenagem aos poetas e à poesia em língua portuguêsa:
https://carmina-it-lusitana.blogspot.com/p/dante-milano.html#ancora
Manuela Colombo & Christian Guernes
Envio-lhe, para seu conhecimento, o link para este blog, onde eu, Manuela Colombo, italiana, e Christian Guernes, francês, traduzimos 19 poemas de Dante Milano.
ResponderExcluirhttps://carmina-it-lusitana.blogspot.com/p/dante-milano.html#ancora
Espero que goste!
Manuela