Como as bailarinas
amadas por Cabral
ela tem o peso audível
ao fugir do chão
e ao chão tornar.
Nunca a vi pairar
nunca lhe vi corola
aura, auréola nem
aquela fímbria entre o corpo
esguio e o mundo etéreo.
Com pentelhos, veios
e furor, fulgura
ante o átimo da carne
pousa na memória
como num fundo de coral
e aos destruí-lo, e à areia
revolver, e esfacelar
mesmo a âncora, incorpora
o que é ferro e à flor
d’água paira, mas
tangível à vista:
o logro da leveza
submerge para sempre.
O que nela é vero
dá-se a ver à tona.
lindíssimo, só tendo sensibilidade pra ler uma coisa tão linda, sublime como essa...
ResponderExcluirParabéns!
Paula Benício
Caro Roberto
ResponderExcluirAmei o título do poema e principalmente esta primeira estrofe:
Como as bailarinas
amadas por Cabral
ela tem o peso audível
ao fugir do chão
e ao chão tornar.
Gosto muito dos seus temas e títulos. Onde posso encontrar o seu livro Firma Irreconhecível?
Abraço
Nonato Gurgel
Caro Nonato,
ResponderExcluirum prazer tê-lo aqui, obrigado.
O Firma tinha à venda na Livraria da Travessa, a antiga, na Travessa do Ouvidor. Não sei se ainda tem.
de qualquer forma você pode adquiri-lo direto no site da editora: http://www.oficinaraquel.com
o abraço fraterno do
Bozzetti