Ela sempre soube que a lua
uivava-a. Eu, que a lua agora
contemplo, sem ela sofro
agulhas na crua ausência
de seu dorso perolado, cor
que a lua ainda mais baldia
torna mais vazia a voz sem uivo
o céu como se não, como se
eclipse.
Ela sempre soube e eu não
sabia, ouvia apenas, o ouvido
colado assim todo o corpo
a ela entregue submetia-
-me, sumia-me, jazia quase
e sobre mim ela mais desejada
a sua íris jade, pérola da pele
anulando a lua a cidade,
eclipse.
Lindo demais, é de arrepiar! em voz alta, fica demais!!!!
ResponderExcluirPaula Benício
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirObrigado, Paula
ResponderExcluirarrepios em voz alta têm muito a ver com o que diz o poema.
Um beijo do
Roberto Bozzetti
Lindo mesmo. Jazia quase. Bjs.
ResponderExcluirNossa. Lindo mesmo. A sonoridade é impressionante, Bozzetti. Abraços!
ResponderExcluirBo vc tem o dom da palavra! jamais conseguiria pensar algo tão sublime, parabéns!!
ResponderExcluirAcabo de alterar o terceiro verso da segunda estrofe. Onde se lia
ResponderExcluir"colado assim como todo o corpo"
ficou
"colado assim todo o corpo".
Blog serve também pra isso, as altrações que a gente sempre faz podem ser feitas na frente dos leitores, sem inibição. Possíveis opiniões sobre o resultado da mudança são bem vindas, bem como outras sugestões. Esse poema - que tanto tem agradado - eu acabei de escrever e o publiquei logo em seguida. Nada impede de ir mudando, mudando...
Verônica, Rafael e Susane,
ResponderExcluirmuito obrigado.
beijos do
Bozzetti