sábado, 4 de dezembro de 2010

ELA DISSE-ME ASSIM:

         “Professor, eu gosto das canções tropicalistas, mas eu curto as letras, como se fosse literatura, acho geniais, aprendo; mas não me identifico com elas como música, não curto”.  Tentei entender melhor o que seria isso. E ela: “É que eu só curto música eletrônica, inclusive trabalho com música eletrônica, sou DJ.  Então no meu trabalho eu mixo, eu misturo tudo: clássicos, hip-hop, funk, samba, rock, brega, além dos trancies (acho que é isso que ela falou), que já vêm prontos e também entram na mistura.  Mas eu não vejo, não identifico como eu usaria essas canções tropicalistas nisso.”  Pergunto então se ela não saberia fazer interferências usando as canções tropicalistas que estamos estudando, elas não serviriam como matéria prima?  “é isso, eu não saberia como, parece que nelas a mistura já vem feita, não tem mais como interferir...”.
Acho que ela me deu uma chave.  Falta eu achar a porta.

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