há uma (i)lógica
implacável também
que conduz ao erro;
quando ocorre este,
primeiro, o que
se segue é o segundo
daí o terceiro e assim
não tem erro, até o
fim é só erro.
é científico.
resvalar do limbo
para o limbo com
nenhum
reconhecimento,
nem da escória do
lúmpen, dirá
da história do
crime, nem como
ladrão, presidiário,
voluntário ao
sacrifício, valentão.
nem como canastrão.
mas no prego
se reconhece a arma
de outros frustros furtos:
“- é uma beretta
e em péssimo estado.
dou dez tostões.”
pasta e ceci
fria ao invés do cofre.
reconhecimento algum,
meu Deus
nem de Deus.
Este poema, publicado em meu Firma irreconhecível, homenageia um dos grande filmes de Mario Monicelli, morto esta semana aos 95 anos, ao se atirar da janela de um hospital em Roma.
Primeirão! Digo... Não, não... Delete isso aí...
ResponderExcluirEu só me lembro de ter visto Brancaleone e Parenti serpenti, mas em compensação eu me lembro bem desses dois filmes.
Eu não sabia da morte dele, aliás uma morte admirável, filosófica. Deleuze morreu do mesmíssimo jeito e essa foi sua última grande lição - de vida.
(Nesse momento o visitante passa a elogiar o poema, obviamente para aparecer na foto como "o cara que entendeu o poema.")
Epa, derivou um troço aqui. Volto já!
Um abraço, Bozzetti.
Legal, Chico!
ResponderExcluirUm comentário tmético é sempre estimulante.
grande abraço, tudo de bom!