segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

NA MEMÓRIA: CANÇÕES QUE FICARAM (plagiado de Paulo Neves)

Paulo Neves postou no ótimo blog dele, que está listado abaixo entre os recomendados (http://nolimiar.wordpress.com/), uma brincadeira feita entre oito amigos,  em que cada um tinha que listar “5 canções que marcaram”, isto é, que mais os emocionaram na vida.  Ele levou a idéia pro blog e eu entrei na brincadeira, listei lá as minhas cinco.  Cinco? Pois é… vou estender um pouquinho aqui a coisa e selecionar 9.  9 é melhor  do que 10, já que obriga a um corte radical severo, como uma espada sobre a cabeça para decepar o hábito mental das “10 mais” (conhecido atualmente como “top ten”).   Num universo absolutamente infinito de canções, pus o foco naquelas que na primeira audição (vá lá, nas primeiras...) se impuseram, por uma emoção particular ou outra, impactos esses que tento explicar agora,  tão a posteriori.   Esses impactos aconteceram para mim na seguinte ordem cronológica:

1. Maracangalha, Dorival: quando mais tarde conheci o Pasárgada de Bandeira, achei que o poeta tinha errado o nome do lugar para onde queria ir;

2. Procissão, Gil: comecei a entender que seria legítimo não crer;

3. I can’t stop loving you, Ray Charles: entendi que todos têm uma alma negra e cega, blue e jubilosa;

4 Coisas do mundo, minha nega: instaurou para sempre em mim o mistério Paulinho da Viola;

5.Wave, Tom Jobim: alguém falou que era a canção mais bonita do mundo e até hoje não ouvi nada que desmentisse;

            Essas foram as cinco que listei lá.  Vou aqui com mais quatro, ainda na ordem cronológica dos impactos para mim:

6. Samba da pergunta, de Pingarilho e Marcos Vasconcelos, impossível para mim cantá-la, instaurando  uma vontade que fica para sempre na sua impossibilidade gozosa.

7.  Ombra mai fu, da ópera “Xerxes” de Haendel, uma descoberta atordoante da beleza nuns discos de “música clássica ligeira” da família;

8. Na asa do vento, de João do Vale e Luiz Vieira, na interpretação de Caetano: poética definição dos segredos da canção e da poesia em som, verbal e melódico, e sentido;

9. Sempre teu amor, de Manacea, cantada pela Cristina: fonte que jorra jorra jorra...

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