Sentada às vezes sobre a relva boa,
Ia rever os álbuns de pintura,
Amava a criação e a criatura
Com seus olhos de amor que amar perdoa.
Se o relógio cantava no salão,
Levava susto e ria-se depois:
A manga é para mim, para nós dois
O roseiral, a rede, o sol, o pão.
Pela manhã, saltando na piscina,
Aos saltos acordava o sapo-boi;
E tempo-que-será, tempo-que-foi
Davam-se as mãos dançando na colina.
Paulo Mendes Campos
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